Mariposas – Centro de Oportunidade e Empoderamento da Mulher
Pontifícia Universidade Católica de Campinas – Campinas/SP
O projeto ressalta a importância de inserir e tornar visíveis aqueles que num processo de intervenção seriam os primeiros segregados. Levanta questões que merecem atenção e destaque, como a vulnerabilidade da mulher. Mostrando que arquitetura também pode ser lugar de inclusão, cura e transformação.

Rua interna em nível como elo articulador dos núcleos e responsável pela representatividade e pela mescla de perspectivas.
Centro de Acolhimento, no terceiro pavimento, que propõe um espaço de amparo, e um abrigo temporário de acordo com necessidades e condições extremas.
O projeto surge em resposta a questões e demandas encontradas ao longo de estudos do plano urbano no município de Limeira-SP, onde a vulnerabilidade da mulher -em princípio da prostituição-, surge como pauta a uma discussão arquitetônica.
Parte do preceito da inversão da lógica, onde procura-se dar visibilidade aos aspectos invisíveis da cidade. E mostra que o espaço pode ser trabalhado de maneira a garantir qualidade ao usuário, e trabalhar com sensações e reflexos em seu intelecto. Propondo, assim, criar um lugar que acolhe, cuida, protege, empodera e da oportunidade, procurando responder e ampliar as demandas de assistência, além de incentivar a transformação por meio da oportunidade, e conferir o fortalecimento de sua autonomia e paixão por si mesma, e o reconhecimento de escolhas de vida.

O Centro de Oportunidade e Empoderamento pretende atingir um resgate a autoestima, autonomia e cidadania, por meio do aprendizado e da auto-capacitação, acarretando numa oportunidade de mudança e metamorfose. Conta ainda com salas para aluguel como possibilidade de reinserção econômica no mercado.
A proposta do projeto convém na ressignificação do lugar, intervindo em um miolo de quadra; transformando lugar ocioso (vazio urbano e espaços subutilizados) em lugar ativo, promovendo uma dinâmica de encontros e convivência, e oferecendo espaços qualificados. Além de englobar um antigo casarão, que pegou fogo em 2016, retratando simbolicamente a proposta de projeto de transformação e oportunidade da mulher, refletindo no renascimento de algo que foi danificado, quase que por completo.

Centro de Atendimento visa o suporte médico e legal, garantindo cuidados básicos e estimulando a busca por tratamentos e prevenção, e valorização do autocuidado. Sob ocorre a maior interação social com a comunidade com eventos e exposições de toda a produção e discussão gerada ao longo do complexo.

Jardins de Cura: jardins terapêuticos que geram efeitos positivos e restauradores físicos e mentais nos usuários, comunicando-se por meio de diferentes níveis sensitivos. Compostos por lugares de reflexão e de práticas sociais, buscando equilíbrio entre a privacidade e a interação social.

O diferencial das elevações parte da música Maria Maria, onde as notas viram linhas e as linhas compõem o brise dançante, com cores para marcar o local e a presença forte das mulheres. Gera diferentes padronizações ocasionando irregularidades, relacionando as mulheres que são únicas e particulares.
Autora:
![]() Bruna Bertoletto de Oliveira |
Orientação:
Luis Alexandre Amaral Pereira Pinto