Habitação Social como Mecanismo de Integração
Universidade de Sorocaba – Sorocaba/SP
O projeto busca intervir nas vulnerabilidades socioeconômicas, ambientais e culturais de uma região de ocupação. Impulsionado pelo protagonismo da habitação social, propõe soluções para diversas outras intervenções onde amparem a complexidade das fragilidades encontradas na comunidade.

A topografia desafiadora em declive torna-se partido a partir da verticalização inversa conforme sua implantação. Os blocos intercalados permitem ventilação e insolação em todos os apartamentos. O estacionamento em meio subsolo potencializa o aproveitamento do lote.
O complexo da Vila Barão, têm uma proximidade com o centro de Sorocaba e uma dinâmica histórica de ocupação. Seus limites urbanos, linha férrea e avenida arterial definem seu isolamento e, a barreira urbana de um córrego delimita o que é a cidade legal da favelização. O projeto procura desafogar o adensamento populacional, possibilitando novas conexões, intervindo em irregularidades sanitárias e legais, realocação de moradias vulneráveis com a ocupação de vazios urbanos próximos ao córrego na parte planejada. A habitação é um dos eixos de intervenção. Mas também a apropriação do córrego como um parque linear para união das regiões distintas e a ressignificação da área fragilizada como um marco de identidade e conexão urbana e socioambiental. O desenvolvimento socioeconômico dos conjuntos habitacionais se dá através de diversas diretrizes como: pequenos comércios, incentivando a vivacidade; Praças internas de convívio, que estimulem o pertencimento comunitário; Escadarias que determinam a hierarquia de circulação entre automóveis e pedestres; Os módulos habitacionais que fomentam a pluralidade dos moradores; A pluralidade de cores dos blocos que trazem identidade; Os salões culturais de acesso ao parque, fazendo uma acupuntura urbana. São aspectos de potencial transformação local.

A fachada com acesso a via tem como intuito promover a conexão com o entorno. São destinados pequenos comércios nas laterais, assim como apartamentos no térreo, que possibilitam tanto a movimentação de pessoas através do comércio quanto o controle desta circulação, promovendo assim mais segurança.

Nas vilas há em seu núcleo pequenas praças de acesso semipúblico, que estimulam a vivacidade e convívio de seus moradores. Estimulando a sensação de pertencimento comunitário para seus habitantes. As janelas em todas as faces funcionam também como olhares vigilantes para o complexo habitacional.

Há diversos caminhos, como passarelas e escadas de acesso aos apartamentos. Esses percursos estimulam a movimentação em todos as regiões do conjunto, evitando lugares “mortos” e com pouca segurança.

As plantas trabalham o conceito de medidas mínimas, fracionadas em sua maioria na tipologia sobrado. Com a possibilidade de todos os apartamentos terem os dormitórios voltados à nordestes e ventilação cruzada. Há uma diversidade de um à três dormitórios, potencializando a pluralidade de moradores.
Autor:
![]() Clauthion Gomide Passos |
Orientação:
Paola de Oliveira Jaekel