Casa do Meio

Pontifícia Universidade Católica de Campinas – Campinas/SP

A invisibilização das pessoas em situação de rua, a negligência social e preconceitos concretizam políticas higienistas. Assim, o projeto pretende promover um espaço que acolha o contexto e a realidade destas, buscando o fortalecimento da autoestima e a recuperação dos vínculos para com a sociedade.

Resgate da memória do bairro da Mooca, refletindo a relação do Existente com o Novo projetado.

A Casa do Meio é um local de acolhimento para pessoas em situação de rua no distrito da Mooca em São Paulo. Visa resgatar a dignidade das pessoas e a memória do patrimônio industrial local, relacionando o Existente com o Novo. A Rua projetada é o eixo estruturador para a ressignificação do indivíduo no espaço vivenciado como percurso e morada. Atravessando o acolhimento, estão os setores: Laços (veterinário e carroceria), Saúde física (higiene pessoal, refeitório, padaria), Saúde mental (apoio jurídico, psicológico, médico e dormitórios) e Apoio (praça e áreas de transição). No serviço de acolhimento temporário há previsão de atender às necessidades básicas, bem como, assegurar direitos civis fundamentais e vínculo à rede socioassistencial, ao viabilizar acesso a serviços de educação, saúde, transporte, documentação pessoal e atendimento psicossocial. Também oferece a prática da arte em prol do engajamento e ação política dos indivíduos. O projeto valoriza a estrutura fabril ao criar ambientes propícios à construção de rede de apoio multiprofissional junto ao acolhido, tem como objetivo criar condições dignas para iniciar ou resgatar autonomia pessoal. A Casa do Meio inova no respeito da dimensão individual no processo da reinserção social das pessoas em situação de rua.

Acolhedor abriga triagem e administração; Padaria (autogestão): resgata o ato do acordar; Refeitório: encontra-se centralizado por ser primordial; Carroceria: cuida das carroças (parte de suas moradas). Oficinas: trocam o saber cotidiano. Núcleo: Veterinário acolhe seus parceiros de vida.

Os Dormitórios apresentam espaços coletivos para maior troca entre os atendidos. A estrutura do projeto é toda metálica.

Os cortes e as elevações consolidam a relação do existente com o novo, proposto pelo projeto.

Perspectiva e contextualização do projeto. A vista para a arquibancada permite concluir a intenção primordial de acolhimento do projeto. Promovendo o encontro e a troca.

Autora:​

Elisa Augusto Barroso

Orientação:

Mônica Manso Moreno